O Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária na Amazônia (PPGBPA) foi criado em 2009 com a aprovação do mestrado e em 2014 o doutorado foi aprovado pela CAPES. O PPGBPA é vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade do Estado do Pará e ao Instituto Evandro Chagas (IEC)/SVS/MS, sendo estruturado em uma área de concentração: Biologia de agravos infecciosos na Amazônia, e três linhas de pesquisa, a saber, epidemiologia de microrganismos e parasitos, fisiopatologia humana e experimental de agravos infecciosos e morfofisiologia e genética de agentes infecciosos, parasitários e vetores de endemias na Amazônia.

A primeira turma de mestrado concluiu o curso em abril/2012 com 18 egressos, a segunda em junho/2013, a terceira em março/2014, a quarta em março/2015, quinta em junho/2016, a sexta turma em junho/2017; a sétima turma em agosto/2018 e oitava turma em agosto/2019. Na primeira seleção do PPGBPA participaram 185 candidatos para 12 vagas ofertadas (15,41 candidatos por vaga). Na seleção para ingresso no ano de 2018 foram inscritos 170 candidatos para 8 vagas ofertadas no edital (21,25 candidatos por vaga).

O programa tem como espaço físico o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da UEPA, sendo este, do ponto de vista histórico, um dos mais importantes centros da UEPA, sendo fortemente inserido no atendimento à comunidade, fazendo a ponte necessária entre a academia/pesquisa e a população atendida pelos diversos serviços de saúde, fortalecendo a inserção social do PPGBPA e da própria UEPA.

O PPGBPA tem cooperação técnica e científica estabelecidas com Instituições como FIOCRUZ/ENSP, IEC, UFPA, UEC, UFRJ, UNIFESP, FAPESPA, FINEP, CAPES, CNPQ, DECIT/MS, UECE. A atuação da COAD, bem como a aprovação de diversos projetos institucionais em editais como o CT-Infra da FINEP, possibilitou a criação de infraestrutura adequada que, aliada a uma política de capacitação, com qualificação no Brasil e no exterior, possibilitou o aumento da produtividade e a criação de programas importantes voltados para a assistência em saúde da população do Estado, a exemplo dos serviços de dermatologia e fisioterapia, que são referências no atendimento especializado em saúde, e ambiente onde se desenvolvem diversos projetos de pesquisa.

O Instituto Evandro Chagas (IEC), co-responsável pelo programa, é um centro de referência internacional para estudos de doenças infecciosas e emergentes, além de ser um importante centro de desenvolvimento de tecnologia voltado para a resolução de problemas de saúde pública e meio ambiente da Amazônia. Além do desenvolvimento de tecnologia voltada para o desenvolvimento de vacinas para importantes problemas de saúde do Brasil, tal como a vacina para o vírus Zika. O IEC é laboratório de referência nacional para diversos agravos e em muitos outros é referência para a região.

Historicamente, o curso de Biologia Parasitária na Amazônia, por ser um curso centrado nas duas instituições (UEPA e IEC) tem desenvolvido trabalhos de dissertações e teses com destaque em âmbito nacional e internacional, desenvolvendo estudos e investigações nas áreas das ciências biológicas, meio-ambiente e medicina tropical, cujos trabalhos das teses e dissertações no formato de artigos tem sido publicados em revistas no Brasil e no exterior, além de, no campo da saúde pública, apoiar laboratorialmente a vigilância em saúde. A UEPA juntamente com o IEC, através do PPGBPA, atua em seis instâncias diferentes da Saúde Pública e da pesquisa biomédica: fazendo Vigilância em Saúde e Meio Ambiente; atendendo a Problemas de Saúde e Meio Ambiente que emergem nos estados da Região Amazônica, tais como surtos de doenças em humanos, mortandade de peixes, suspeita de contaminação da água por metais, e ou pesticidas clorados ou fosforados, casos de doença humana não diagnosticada; como apoio das instâncias estaduais e municipais em demandas que não são atendidas pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs); em Projetos de pesquisa na área de Saúde e de Meio Ambiente, custeados por agências financiadoras no Brasil e do exterior; na preparação de recursos humanos e em apoio a Secretaria de Vigilância em Saúde/MS em diferentes circunstâncias e às diversas IES públicas e privadas do Estado do Pará e Região Amazônica.

Com a instalação do Centro de Inovação Tecnológica do IEC, desenvolve projetos voltados para a identificação de alvos para o desenvolvimento de vacinas e kits diagnósticos, bem como o desenvolvimento de tecnologias novas para terapêutica voltada para doenças como a febre amarela e hanseníase. Um diferencial do curso é sua vocação forte e centrada na resolução e estudos de agravos infecciosos da Amazônia, que é uma importante área estratégica para o Brasil e que, em virtude sua imensa biodiversidade e complexidade de seu bioma e sociedade, apresentam uma dinâmica peculiar desses agravos e suas consequências para a sociedade e desenvolvimento. Esse aspecto em particular certamente é a característica mais marcante do programa e o propulsor de sua importância estratégica para a formação de recursos humanos qualificados para a região

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