Mestrado

A organização do sistema formal de ensino na Amazônia Paraense assume caráter complexo face à problemas como o isolamento das populações e a falta de recursos econômico-financeiros do estado e aponta como um dos maiores desafios contemporâneos a ser vencido, a formação de recursos humanos para que pensem estratégias para a educação na região norte. Formação de pesquisadores que possibilite a produção de novos conhecimentos e tecnologias educacionais, incorporando os espaços educativos alternativos, que poderiam ser envolvidos na urgência de um atendimento mais amplo e eficaz às crianças e jovens.
Para compor o caleidoscópio cultural da Amazônia Paraense, torna-se necessária a sistematização de saberes e fazeres em cartografias que, ao mapear as narrativas do acontecer cotidiano, possam oferecer bases seguras para fundamentar planos de educação com o claro princípio de melhor formar educadores capazes de criar e desenvolver práticas pedagógicas para uma atuação demarcada culturalmente pelo espaço no qual atuam, por meio de uma proposta de educação inclusiva e multicultural de qualidade.
Em nível de mestrado, o Programa visa a formação de profissionais que atuem na busca de novos modelos de relacionamento com a natureza do processo educativo, desenvolvendo pesquisas que permitam a visibilidade adequada dos problemas educacionais no espaço amazônico, capazes de discutir as questões relativas à cultura e suas interfaces com a política, aqui entendida em seu sentido mais amplo, qual seja, o da constituição de indivíduos autônomos e preparados para o exercício de sua cidadania.
O Programa apresenta a educação em sua dimensão mais ampla e complexa, propondo-se o desafio de pensar a especificidade da Amazônia Paraense sob variados contextos socioculturais e políticos.
A proposta de educação para esta região não pode se omitir quanto ao fato que seus habitantes se caracterizam enquanto sujeitos de uma sociabilidade única em seus matizes de floresta, de águas e habitando um espaço caracterizado pelo isolamento em função das enormes distâncias, o que dificulta sua conexão ao sistema educacional formal, mas, que ao mesmo tempo, são guardiães de saberes ancestrais de raízes e matizes afro-indígenas que devem ser estudados e preservados como demarcadores identitários importantes dos povos indígenas, remanescentes de quilombos e ribeirinhos.

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